Ao ler os artigos dos professores Waldemar Setzer e José Manuel Moran fiquei um pouco chocada, ou seria assustada, diante do radicalismo com que combatem a televisão e o uso do computador, especialmente por crianças. Não posso dizer que sou uma pessoa muito moderna, aliás, em alguns aspectos, até me considero um pouco antiquada. No entanto, procuro sempre ser razoável, pois sei que as mudanças na sociedade acontecem, já que o mundo vai evoluindo. Muitas mudanças, que são inevitáveis, são para melhorar nossa vida, propiciando mais conforto e bem-estar; outras, são prejudiciais.
Com relação ao uso do computador, fui resistente no início, mas percebi que se não posso ir contra ele, tenho que me aliar a ele e tentar utilizá-lo em benefício próprio. Acredito que em tudo na vida não se pode cometer exageros, pois todo excesso é prejudicial. O uso do computador indiscriminadamente, ou seja, pessoas “viciadas” na internet sofrem prejuízos. Sou contrária, por exemplo, ficar batendo papo através de uma máquina, quando podemos encontrar pessoas, fazer amigos e conversar com eles ao vivo. Porém, quando temos amigos ou parentes distantes o computador permite que entremos em contato com eles diariamente, o que não seria possível, ou teria um custo muito elevado, para quem não dispõe desse recurso. Além disso, fazer pesquisas, atualizar-se, ter informações pela internet facilita e muito a nossa vida. Mas isso não deve nos impedir de ler um bom livro, assistir a noticiários e bons documentários, ler jornais e revistas. Enfim, precisamos encontrar o “meio termo”. Com crianças, deve acontecer o mesmo. Não podemos negar que existe o computador e que ele faz parte do dia a dia de todos, além de atrair a curiosidade infantil. Precisamos é orientar e acompanhar a forma como as crianças o utilizam. Com a proibição, estamos instigando ainda mais a criança, pois o proibido é mais atraente e ela pode encontrar outras formas de usá-lo, sem a devida orientação.
Quanto à televisão, penso que o mesmo ocorre. Ela existe e não podemos negá-la. A maioria das pessoas tem acesso a esse meio de comunicação que tem suas vantagens e desvantagens. Basta apenas saber o momento de ligar e desligar o aparelho. Ela serve para lazer e informação. Existem muitos programas ruins, mas existem documentários, programas que trazem informação e entretenimento, além de nos fazerem refletir sobre situações que acontecem na sociedade. Muitas emissoras procuram cumprir seu papel social, servindo como alerta e procurando modificar atitudes. É claro que, há os que procuram manipular as pessoas em muitas situações e atrair a atenção do público para que este não “desgrude” do aparelho.
Na escola não podemos fechar os olhos e fazer de conta que nada mudou. Precisamos alertar sobre o uso excessivo desses meios (TV e computador), refletir e discutir com nossos alunos sobre programas e idéias difundidas e orientá-los para que não cometam excessos. Usar estes meios de forma consciente de forma a diversificar nossas atividades em sala de aula, tornando-as mais atrativas e produtivas.
Professora Cení Angela Krug
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